José Marti
Voz
João Frizza
Localização
Praça da Alegria - 38°43'04.6"N | 9°08'41.9"W
Inauguração
O monumento foi inaugurado a 14 de julho de 2023
Encomenda
Embaixada de Cuba
Tema / Homenageado
Evocação da figura de José Marti, figura incontornável na história de Cuba e da América Latina. Aqui, o seu busto simboliza a sua universalidade, cada vez mais compreendida atualmente.
Este monumento, pretende eternizar a sua vida, pontuada pelas suas concepções filosóficas, ética de serviço humanístico, aperfeiçoamento humano e sentido de justiça. Propôs-se, portanto, encapsular este cidadão do mundo, que desejou um mundo melhor, sempre.
Hoje, mais do que nunca, evocamos esta figura, cuja caneta escreveu o povo português em mais do que uma ocasião. José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 - Santiago de Cuba, 19 de maio de 1895) – escritor, intelectual, jornalista, filósofo, educador, poeta, critico literário, diplomata cubano. Martí iniciou a sua escolarização numa escola distrital de Havana.
Mas foi na Escola Secundária para Meninos de Havana, que frequentou em 1965, que floresceram os seus ideais políticos e a sua criatividade. Como escritor, foi o percursor do movimento literário conhecido por “modernismo” na América Latina.
O seu legado literário é significativo, abrangendo diversos géneros e temáticas. Destacando-se as obras “Versos Sensillos” (1891), “Nossa America (1891) e “La Edad de Oro” (1889).
Foi intérprete e tradutor de obras literárias em inglês e francês, tais como Mes fils de Victor Hugo, Ramona da escritora americana Helen Hunt Jackson, Called Back de Hugh Conway, Greek Antiquities de J.H. Mahaffy, Roman Antiquities de A.S. Wilkins, Notions of Logic de W. Stanley Jevos, entre outros.
Como jornalista, desempenhou um papel crucial no panorama latino-americano. Em 1869, com apenas dezasseis anos, publicou a folha impressa separatista "El Diablo Cojuelo" e o primeiro e único número da revista "La Patria Libre". Em 1869, Martí é preso e processado pelo governo espanhol por estar em posse de papéis considerados revolucionários, sendo condenado a seis anos de trabalho forçado, que passariam a somente seis meses de prisão.
No mesmo ano, publicou o seu primeiro trabalho de relevo – “El Presido Político em Cuba”, no qual expôs o período de encarceramento. No mesmo ano, passou a distribuir um periódico manuscrito intitulado "El Siboney”.
Posteriormente, em Guatemala, trabalhou na Escola Normal Central como professor de Literatura e História da Filosofia. Entre 1881 e 1895, Martí contribuiu significativamente para vários periódicos, como: "La Opinión Nacional" e "Revista Ilustrada de Nueva York". Mas foi com a fundação do jornal "Patria" em 1892 que consolidou a sua influência jornalística.
O jornal buscava promover a independência cubana. Conhecido na sua terra natal como “El apóstol”, foi uma figura determinante para o povo cubano no processo de independência contra a colonização espanhola.
Em 1892 fundou o Partido Revolucionário Cubano (PRC), cujo objetivo principal era conquistar a independência de Cuba.
Autor
Andrés González González, (Cuba, 10 de novembro 1957).
Desde cedo, apreciou arte, mesmo não possuindo conhecimento sobre escultura.
Esta paixão fez com que se formasse na Escola Primária de Artes, em La Palma, município de Pinar Del Rio. Mais tarde, formou-se na Escola Nacional de Arte (ENA) e no Instituto Estadual de Artes Súrikov, de Moscou em 1986.
O seu percurso profissional começou na Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Escultura Monumental e Ambiental (CODEMA).
O seu primeiro trabalho consistiu na escultura da figura mitológica Neptuno, exposta na entrada do complexo hoteleiro Neptuno-Tritón, em Havana.
Contudo, foi com a figura de Marti Pérez que a sua carreira artística ganhou relevo.
As suas obras, constituem mais de 50 monumentos em Havana e outros na América Latina, incluindo a escultura de Martí na cidade Mitad del Mundo, na capital equatoriana.
Observações / informações complementares
José Marti, sempre demonstrou interesse pela literatura portuguesa, redigindo vários artigos para o jornal Caracas sobre as obras de escritores lusitanos, tais como: Luís Vaz de Camões (“Os Lusíadas”) e Abílio Manuel Guerra.
A 19 de maio de 1895, ao comandar um contingente de cubanos patriotas, Martí é surpreendido por tropas espanholas nos arredores de Dos Ríos, acabando por ser atingido e falecer.
O seu corpo foi exibido à população. Está sepultado em na cidade de Santiago de Cuba.
Levantamento histórico fornecido pela Embaixada de Cuba